terça-feira, 26 de julho de 2011

Colhemos aquilo que plantamos...


O episódio ocorrido ontem na Taça BH de Juniores vem para ilustrar uma realidade do futebol de base mundial. É exceção o clube que dispõe de acompanhamento social e educacional para seus jovens jogadores. Como já até comentei em um post anterior, no Uruguai, Oscar Tabárez vem tornando realidade a junção entre desenvolvimento social e futebol. Não sabendo se todos os jogadores da base chegarão ao profissional, os uruguaios tornaram obrigatório o estudo nas divisões de base do país, e muitos jogadores estão até entrando para o ensino superior por lá.

No discurso, os cartolas brasileiros dizem possuir boas estruturas e acompanhamento psicológico, social e educacional para os meninos. Mas qualquer um sabe que a realidade não é bem assim. Muitos clubes possuem sim uma boa estrutura física, e profissional, para criar bons jogadores. Mas não para criar bons cidadãos. E aqueles que não tiverem a capacidade de se tornar bons jogadores? Bom, isso é problema deles...

Os próprios jogadores profissionais, com exceção de alguns poucos, não têm nenhuma ambição de estudar, ou mesmo de ter um comportamento que inspire positivamente os jovens jogadores. Muitos saem por aí dando voadoras, ponta-pé, socos, dirigindo alcoolizados, matando ex-namorada, mas esses não são mandados embora, ou sequer punidos. Alguém se lembra de ter visto Luís Fabiano ser punido após esse jogo?


Pois é, agora há um clamor pela expulsão e prisão do goleiro do Sport Sub-20 Gustavo, que deu uma voadora no jogador do Vasco, Elivélton. O presidente do Sport, atendendo ao clamor, expulsou o garoto do time, e agora diz que dará assistência psicológica a ele. Que ao menos a assistência seja dada então, já que estão tirando da vida desse menino um instrumento que deveria funcionar como “socializador”, educador, e pacificador. Mas se os cartolas os criam como bichos, devemos esperar que se comportem como o que?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Nada de meia-entrada em 2014!!!


Politicagem para escolher as sedes da Copa de 2014? Já sabíamos que ia ter. Atraso nas obras, para que as “licitações especiais” resolvessem o problema? Já era de se imaginar. Obras superfaturadas? Já tínhamos certeza. E como se não bastassem todas as facilidades oferecidas pelo governo brasileiro à gloriosa FIFA, agora a isenta entidade poderá até impedir que haja a meia-entrada para estudantes durante a Copa de 2014.

O Ministério dos Esportes (comandado por um ex-presidente da UNE, diga-se de passagem), em conjunto com a FIFA, lançou um Conjunto de Regras para a Copa de 2014. Lá está explícito que a FIFA que determinará os preços dos ingressos para a Copa, não tendo nenhuma obrigação de cumprir a lei da meia-entrada.

Os ingressos para as partidas variam muito de preço, pois dependem da fase da competição, dos confrontos, e do lugar a ser ocupado no estádio. Uma estimativa, que leva em consideração os preços cobrados na África do Sul, chega ao valor de até R$1.500,00 no ingresso mais caro, com o mais barato custando R$150,00.

E enquanto isso para Sepp Blatter, Tricky Ricky, Jérome Walcke e demais comparsas continua sendo tudo “freeeeeee”.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Feliz Dia do Futebol!



Hoje é o dia nacional do futebol! Não sabia? Pois é, poucos sabem. A data é comemorada no dia 19 de Julho em homenagem ao dia de fundação do que é considerado o primeiro time de futebol do Brasil, o Sport Clube Rio Grande, fundado em 1900. Desde 1975, a CBF (por incrível que pareça!) estabeleceu o dia 19 de Julho como o Dia Nacional do Futebol no Brasil.

Aqui presto uma pequena homenagem a esse dia, através de um poeminha, daqueles que as crianças escrevem na 4ª série. E faço isso pois é quando somos crianças que aprendemos a amar, de forma pura e sincera, o futebol. Aos times não citados, peço perdão, são muitos os grandes clubes do Brasil, mas escolhi apenas alguns da primeira divisão. Ainda assim, fica minha homenagem a todos os jogadores, torcedores, times, e até a alguns poucos dirigentes, que “abrasileiraram” esse esporte bretão.

O futebol é Atlético (MG e PR), na Bahia e em Coritiba
E em um Cruzeiro de emoções, ele Botafogo em nossos corações.
“Ceará” um Timão aquele que coloca a taça na mão...
O futebol é Fla-Flu,  e é Gre-Nal
Entre as Palmeiras, e em Santos
Ele é nossa paixão nacional
Nem santo São Paulo resistiu, tão pouco resistiu Vasco da Gama
A esse, que é mais que um esporte, para aquele que o ama!

Feliz Dia do Futebol!

domingo, 17 de julho de 2011

Sobre a Venezuela...



O futebol não é nem de longe o esporte mais popular na Venezuela. Boxe, Basquete e Beisebol sempre foram mais apreciados pelos venezuelanos, influenciados pela sua proximidade com o Caribe, que por sua vez é influenciado pelos EUA. Mas a vizinhança sul-americana parece estar influenciando também, e influenciando no crescimento do futebol. A seleção que nunca venceu um campeonato, e que nunca participou de uma Copa do Mundo, hoje eliminou a tradicional seleção do Chile, fazendo sua melhor campanha em Copas América.

E isso não é algo tão surpreendente quanto acham alguns. O futebol venezuelano vem crescendo já há alguns anos, e com a Copa América de 2007, realizada lá, houve um grande empenho político para que isso pudesse acontecer. Eventos esportivos são usados politicamente em qualquer lugar do mundo, e isso é desde sempre. E na Venezuela, onde tudo vira instrumento político do governo, não poderia ser diferente.

Durante a Copa América de 2007 foi possível ver claramente que o evento tinha intenção de fazer boa publicidade para o governo de Chávez. Para tal fim, as cidades-sede escolhidas eram todas governadas por aliados políticos do presidente venezuelano. E vários cartazes, à lá Copa de 70 no Brasil, foram espalhados pelo país. Além disso, houve um grande esforço para mostrar a Venezuela como um país receptivo, que pode atrair turismo e investimentos.

Vou deixar de lado essas questões políticas, que dão assunto para vários e vários posts. Mas é importante que se tenha a dimensão do que o futebol se tornou na Venezuela nesse período, que foi marcado também pelo investimento do governo no próprio esporte, afim de, montar um time que pudesse fazer uma boa campanha diante de sua torcida. Assim o futebol venezuelano veio crescendo e se aprimorando, e cientes de suas limitações, os venezuelanos conseguiram hoje dar um passo a mais em sua história com o futebol. Vamos ver até onde a Venezuela de Cichero pode chegar...

sábado, 16 de julho de 2011

A Redenção da Celeste


Estava aguardando um momento ideal para esse post. Não é esse o meu momento ideal, porque eu torci pra Argentina vencer hoje, simplesmente porque o Messi merece. Mas venceu o Uruguai, que é um grande consolo para a eliminação da dona da casa. Consolo que só quem realmente gosta de futebol pode entender. Consolo por saber que a Celeste está se reerguendo, ainda que aos poucos.

Além de ter sido disparado o melhor jogo da Copa América, a final antecipada entre Argentina e Uruguai serve para entender alguns aspectos atuais do futebol sul-americano. Os dois países têm história parecida no futebol, ambos são bi-campeões mundiais, ambos são bi-campeões olímpicos, ambos com números invejáveis de títulos das divisões de base. As duas seleções com mais Copas América, os dois países com mais Libertadores.

Mas o Uruguai parece querer dar um passo à frente da rival Argentina e de tantos outros. Os argentinos parecem copiar o modelo brasileiro de conduzir o futebol. O Senhor Julio Grondona é presidente da AFA há 32 anos, e vice-presidente executivo da FIFA desde 1988. Grondona que já declarou gostar de ser chamado de “O Poderoso Chefão” chegou a ser denunciado por Diego Maradona há poucos dias atrás, por estar associado ao ex-presidente do River Plate, José Maria Aguilar. Maradona acusa os dois de serem os responsáveis pela queda do grande River.

(Dirigente, de grande time que caiu, amigo do presidente da federação nacional que é amigo íntimo dos grandes chefões da FIFA... parece familiar isso não?!)

Enquanto isso no pequeno país vizinho após anos de administrações semelhantes, as coisas parecem estar mudando. O atual presidente da federação uruguaia, pelo menos até o presente momento, vem se mostrando uma pessoa capaz e honesta. Sebastián Bauzá assumiu a AUF em 2009, após dois presidentes renunciarem por problemas políticos. Em 2010 Bauzá foi re-eleito por unanimidade do conselho da AUF.

Sua primeira decisão foi renovar com Oscar Tabárez, que foi quem reformulou a forma como era levado o futebol dentro das seleções uruguaias. O primeiro passo de Tabárez foi organizar uma peneira em todo o país (que tem apenas 3 milhões de habitantes). Em seguida foram feitas melhorias estruturais nas divisões de base. E o mais importante, Tabárez tornou obrigatório que todos os jogadores tenham boas notas na escola e terminem seus estudos.

Afinal, muito dos meninos que passam pelas peneiras não se tornarão jogadores, a maioria não se tornará. E aqueles que alcançarem esse objetivo serão capazes de cuidar do futebol, e de suas próprias carreiras, impedindo assim que os gloriosos empresários e fundos de investimento o façam. Outro aspecto importante é a criação de exemplos de atletas bem formados e informados, que vão influenciar positivamente as novas gerações.

O Uruguai não ganhou a Copa do Mundo de 2010, apesar da campanha espetacular. Não ganhou o Mundial Sub-20 de 2011, apesar de ter um time altamente promissor. Ganhou da Argentina hoje, se ganhará a Copa América é impossível dizer. Mas o Uruguai vem ganhando uma coisa que o futebol argentino, brasileiro, italiano (entre outros) não tem já há muito tempo... Dignidade.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

O futebol feminino sobrevive literalmente de calcinha e sutiã!



No próximo domingo veremos a final da Copa do Mundo de futebol feminino, entre o tradicional time dos Estados Unidos e o estreante Japão. O mundial está sendo disputado na Alemanha, país que tem uma história de sucesso com o futebol feminino. Durante toda a competição pudemos ver os estádios lotados, mesmo quando não era a seleção anfitriã que estava em campo.

Infelizmente esse comportamento não se repete na maioria dos países que disputam a competição. Até mesmo no chamado “país do futebol” essa situação acontece. O Brasil nunca ganhou um mundial, mesmo tendo a melhor jogadora do mundo (há 5 anos). As brasileiras andam até chegando nas fases finais, mas acabam caindo frente a seleções mais bem preparadas.

E até aqui estamos falando de seleções. Quando partimos para o nível das equipes e campeonatos nacionais a situação é ainda pior. Os campeonatos femininos são altamente desvalorizados, e os times têm que se sacrificar para sobreviver. Não é raro abrir as páginas de notícia e ler: “Time de futebol feminino faz ensaio para conseguir patrocínio”, pois é essa a solução encontrada por essas mulheres.

Os ensaios sensuais são uma forma de arte como qualquer outra. A nudez e a sensualidade são coisas naturais e belas nos seres humanos. A seleção alemã, vitoriosa, com jogadoras de sucesso, apoio, patrocínio e tudo mais, posou para a Playboy Alemã pouco antes do mundial. O objetivo, segundo elas, era mostrar a feminilidade das jogadoras de futebol, que são muitas vezes discriminadas, e masculinizadas pelos machistas de plantão.

Elas posaram porque quiseram, e por um motivo totalmente plausível. Mas a maioria dos times que fazem esse tipo de trabalho, o fazem para conseguir patrocínio e atenção. E isso não é justo. Não é justo que as mulheres tenham que permitir ainda a exploração de seus corpos, porque as federações e clubes comandados por “homens” são incapazes de perceber o valor do futebol feminino.

O esporte ainda está crescendo. Ainda vemos muito despreparo de algumas equipes. Ainda vemos certo amadorismo nas competições. Mas as mulheres praticam o futebol há tanto tempo quanto os homens. Só a FIFA e suas federações filiadas não percebem o potencial financeiro e social desse esporte.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os craques do Rock n’ Roll

No dia mundial do rock (que foi ontem, pois escrevo esse post na madrugada) vamos lembrar/conhecer os roqueiros que são também torcedores. Nada dessa história de futebol ter como trilha sonora pagode ou samba. O futebol nasceu na Inglaterra e as melhores bandas de rock de todos os tempos também, logo a verdadeira música do futebol é o Rock n’ Roll!
A seguir alguns astros do rock e seus respectivos times. (Essa lista foi feita de cabeça, então não é coincidência ter tanto torcedor do São Paulo e do Arsenal).

1. Roger Waters - Baixista e vocalista do Pink Floyd, fanático torcedor do Arsenal, quase fez as gravações de The Dark Side of the Moon pararem porque não perdia um jogo dos Gunners em Londres.

2. Jimi Page - Guitarrista do Led Zeppelin, torce para o Chelsea.

3. Steve Harris - Um dos roqueiros que mais gostam de futebol. Harris é louco pelo West Ham, e realiza constantemente partidas amistosas entre os amigos.

4. Noel Gallagher - Noel, guitarrista e vocalista do Oasis, é mais que um torcedor, é dirigente do Manchester City, time de coração dele e de seu irmão Liam (talvez a única coisa em comum entre os dois).

5. Andreas Kisser - Está sempre tocando mundo a fora com a camisa de seu amado São Paulo Futebol Clube!


6. Roger - O vocalista do Ultraje a Rigor é outro torcedor do São Paulo FC, e já gravou até uma versão rock n’ roll para o hino do tricolor.

7. Igor Cavaleira - Torce para o Palmeiras, e faz outros torcerem, como o atual vocalista do Sepultura, Derick que foi influenciado pelo amigo Igor a torcer pelo alvi-verde.

8. Roger Daltrey - Mais um torcedor do Arsenal. Daltrey esteve presente na festa de despedida do antigo estádio Highbury, momento histórico e emocionante para o Arsenal.


9. Roger Glover - O baixista do Deep Purple é outro que torce pelo Arsenal!

10. Nasi - O ex-vocalista do Ira! é fanático torcedor do São Paulo FC, e hoje em dia comanda um programa sobre futebol na rádio exclusiva do Rock, Kiss Fm. Tem a companhia do maior craque do tema desse post...

11. Ronaldo - Ex- goleiro, e torcedor, do Corinthians, Ronaldo se aventurou também fora das quatro linhas ao montar sua banda de rock.



Feliz Dia do Rock aos roqueiros que são também torcedores!
Vida longa ao futebol e ao Rock n' Roll!!!!!
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terça-feira, 12 de julho de 2011

Messi não cantou o hino. E daí?!


Finalmente a Argentina conseguiu sua primeira vitória na Copa América 2011. Uma boa vitória, com futebol bem jogado, e com direito a noite mais que inspirada de Messi. A vítima foi a fraca seleção sub-23 da Costa Rica, mas o importante para os argentinos era ganhar confiança, e montar um time onde Messi conseguisse jogar o que sabe. Com Agüero, Gago, Di Maria, e até mesmo com Higuaín perdendo gols feitos, a Argentina era outra.

Messi teve companheiros capazes de dar continuidade às jogadas criadas por ele, e também de criar suas próprias jogadas. Por que Agüero e Di Maria são reservas? Acho que hoje até Baptista está se perguntando isso. Não é a melhor seleção da Argentina, não é uma seleção com garantia de sucesso na próxima fase. Mas é uma seleção que nessa Copa América jogou o melhor futebol até agora.

Sim, a Costa Rica é um time fraco, já sei! Mas a Bolívia também é, e a Argentina foi incapaz de vencê-la. Então méritos para Messi, Agüero, Gago, Di Maria, Romero, e até mesmo Higuaín. E méritos para as modificações de Baptista! Méritos de Baptista por perceber, enfim, que ele mesmo criou esse time anos antes, e que ele mesmo já fez esse time ser campeão.

Digo isso porque Baptista treinava a seleção sub-20 da Argentina que foi campeã em 2005. Lá estavam Messi, Gago, Agüero, Zabaleta e Biglia. A seleção sub-20 campeã em 2007 tinha Romero, Banega, Agüero e Di Maria. Sérgio Baptista não era técnico em 2007. Mas foi em 2008, quando a Argentina foi campeã olímpica em Pequim. E lá estavam Romero, Zabaleta, Mascherano, Di Maria, Messi, Agüero e Lavezzi.

A Argentina tem uma belíssima história com suas seleções de base. E finalmente Sérgio Baptista entendeu que a culpa não era do Messi não cantar o hino, mas era dele (Bapstista), por não se aproveitar de um time que vem se formando desde 2005. Messi não cantou o hino novamente, mas duvido que alguém esteja lembrando-se disso agora!

sábado, 9 de julho de 2011

5º técnico em 2 anos e meio, e 1 presidente em 9 anos...




Ontem foi anunciada a demissão de Paulo César Carpegiani do cargo de técnico do São Paulo Futebol Clube. Desde que Muricy Ramalho deixou o clube, quatro treinadores passaram por lá, e o número 5 está para chegar. Quem será? Cuca, Autuori, Bianchi? O tricolor deu um prazo de quatro rodadas até anunciar seu próximo treinador. Por enquanto, o auxiliar técnico, Milton Cruz, vai ter de segurar a barra mais uma vez.

A demissão de técnicos por uma fase ruim não é novidade no futebol brasileiro. É de se entender que é mais fácil demitir um treinador, do que vários jogadores, ou dirigentes. Mas será que essa é a solução mais correta? No caso de Carpegiani existiram outros fatores, como possíveis problemas com jogadores (incluindo Rivaldo e Rogério Ceni).

Mas existe no SPFC mais um fator, que considero de extrema importância. Entre 2005 e 2008 o tricolor conquistou um número de títulos invejáveis, invejável se tornou também a forma como a política do clube era conduzida. Alternância de poder, contas em dia e aberta para os torcedores, investimentos nas divisões de base e em melhoras do Morumbi... O que está dando errado agora?

A tal estrutura tricolor está funcionando tão mal quanto o time. Sem títulos nos últimos 2 anos, e sem a habitual participação na Libertadores a verba acabou diminuindo. As reformas no Morumbi (iniciadas principalmente para ser sede em 2014) tomaram a maior parte do dinheiro e do tempo do clube. Os garotos da base finalmente começaram a ser usados, mas acabaram desfalcando o time, para servir a "seleção da CBF" (crédito do termo à Mauro Cezar Pereira).


Tudo isso é compreensível. Todo clube terá uma, ou várias vezes, uma fase ruim. Mas considero que a queda do SPFC se inicia no momento em que Juvenal Juvêncio consegue aprovar uma modificação do estatuto, para se perpetuar no poder. Sim, se perpetuar, afinal, ter tido sucesso uma vez o estimulará a fazer outras e outras manobras com o mesmo fim.

JJ é presidente do SPFC desde 2006 (e deverá ser até 2014), lucrou com os investimentos das gestões anteriores, e fez sim um bom trabalho em seus primeiros anos no clube. Mas o desgaste dos jogadores, dos técnicos, dos torcedores parte do desgaste do próprio tricolor com seu presidente. Juvenal não é mais o mesmo, mais fala do que faz, mais reclama do que resolve, e assim o SPFC está se tornando um clube frágil, desorganizado, lento.

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a anulação da reeleição do cartola, a pedido do vereador Aurélio Miguel, que é também conselheiro do clube, e parte da oposição à JJ. Mas, apoiados na lenta justiça brasileira, que deverá demorar cerca de cinco anos para julgar o caso, os comparsas de Juvenal não temem tal decisão. A oposição no tricolor é fraca, e a torcida tem pouca participação nas decisões no clube.

E assim, o tricolor caminha em direção ao continuísmo, que já destruiu tantos outros clubes. E a torcida fica na esperança de que alguém mostre o caminho da redenção. Mas, posso dizer que esse alguém não será Juvenal Juvêncio!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A culpa é do Messi?


Ontem foi o dia de mais uma apresentação deprimente da seleção argentina. Convenhamos, não é o melhor time de todos os tempos, verdade. Os jogadores de defesa são totalmente questionáveis (Gabi e Burdisso? É pedir pra sofrer). Mas com tantos jogadores de qualidade mais a frente, é totalmente possível construir um time razoável, que possa se tornar bom, e até espetacular, se Tevez, Messi, Agüero e Di Maria estiverem inspirados.

Di Maria ontem não jogou. Agüero entrou mais uma vez pra tentar salvar a pátria, e com ele o time até melhorou. Tevez é incontestável! Não brilhou, não fez gol, mas a vontade com que ele joga o blinda de críticas. E o Messi? Teve apenas um momento de Messi, quando deu um belo passe para Lavezzi (Inexplicavelmente ainda no time), que não concluiu com sucesso a jogada. O que acontece com o melhor jogador do mundo em sua seleção?

Devemos ponderar antes que os últimos jogadores eleitos Melhor do Mundo não tiveram o mesmo sucesso de seus clubes em suas seleções. Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Cristiano Ronaldo, nenhum deles teve grande participação nas seleções enquanto Melhores do Mundo. Outra ponderação que se faz é que o Messi não joga sozinho, ele precisa de um time que o apóie, de companheiros que aproveitem os espaços deixados pela marcação que está focada nele, de alguém que saiba aproveitar quando ele tem seu momento de gênio.

Mas como ponderar aquela falta, aos 43 minutos do segundo tempo, na beira da área, que foi desperdiçada por Lionel Messi? Hoje estão dizendo que falta identificação dele com seu país, por ter ido muito novo morar e jogar na Catalunha. Não podemos culpá-lo, o Barcelona se ofereceu para pagar o tratamento que nenhum outro clube argentino quis pagar. Hoje estão dizendo que ele não cantar o hino nacional indica que algum problema ele tem com a seleção.

Não acho que não cantar o hino seja indicativo de alguma coisa. Ele nunca cantou, nem quando era da seleção sub-20. Dizem que ele não tá à vontade jogando por uma seleção que não é do seu país de criação. Mas deve-se lembrar que ele teve a oportunidade de naturalizar-se espanhol, e jogar pela Espanha. Não quis, preferiu jogar pelo país que não lhe deu a oportunidade, mas lhe deu a inspiração para jogar futebol.
Talvez ele esteja sentindo demais a pressão de ter que se mostrar argentino. Afinal, é uma crítica recorrente a ele. O povo argentino é passional, e por isso cobra a passionalidade de seus jogadores. Messi não a tem, e é difícil para ele não a ter. E isso parece estar pesando na cabeça do melhor do mundo. Além das questões táticas criadas por Sérgio Baptista, parece que Messi está se apagando frente à chama que deve existir em qualquer seleção argentina, simplesmente porque lhe falta o sangue quente, a agressividade, e a tal passionalidade argentina.

Mas será que sem sua frieza, calma, timidez, tranqüilidade, Messi seria o que é hoje? Não é demais cobrar que todos os jogadores se comportem de uma mesma forma? Quem pode ter certeza de que Messi não sofre silenciosamente com essa situação? Futebol é dos esportes, o mais injusto, mas é injustiça demais colocar a culpa da má fase da seleção argentina no fato de Messi não cantar o hino!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Os 5 Melhores Filmes "de Futebol"

Inicio esse blog com uma dica cultural. Vamos com calma, porque as questões que extrapolam as quatro linhas podem ser fortes demais, então para não espantar os leitores, uma postagem agradável para começar. Aqui vão 5 dicas de filmes que envolvem o mundo do futebol, e que são muito legais!!!




1 - The Match (A Aposta)
Um filme no estilo comédia romântica, mas num cenário totalmente diferente. Uma aposta feita há 100 anos atrás está prestes a chegar ao fim. Por 99 anos o time do Benny's Bar e do L'Bistro se enfrentam, e por 99 anos o L'Bistro tem vencido. O 100º e último jogo chega, e se o time do Benny's Bar perder, o bar deverá ser cedido ao L'Bistro. Wullie Smith (Max Beesley), que quando menino machucou a perna e parou de jogar futebol, tentará ajudar o Benny's Bar a se reerguer. Enquanto faz o possível para conquistar sua amiga de infância Rosemary Bailey (Laura Fraser).
Destaque para o produtor do filme que aparece de surpresa no final: Pierce Brosman.

2 - Boleiros (aqui vou indicar o 2, mas o 1 é igualmente bom)
Filme nacional de excelente qualidade! De forma descontraída e leve as várias características de vidas criadas dentro do futebol são mostradas. Desde o jornalismo, passando pelos jogadores do passado e os astros do presente, até os empresários.

3 - À procura de Eric
Um carteiro arrependido de ter deixado sua primeira família, e que agora vive com dois enteados do segundo casamento, busca fugir das angústias de sua vida fumando maconha que rouba de seus enteados. Em uma de suas "viagens", o carteiro Eric, encontra Eric Cantona, ex-jogador do seu time do coração, Manchester United. Uma história que emociona e faz rir, ao mesmo tempo que mostra a atualidade do futebol inglês, cercado por dinheiro e interesses financeiros e políticos.

4 - United
Filme belíssimo e muito emocionante. Conta a história do início do Manchester United de Bob Charlton, e como ele e o time se reergueram após o acidente de avião na Iugoslávia, que matou mais da metade dos jogadores. É difícil não querer torcer para o United depois de assistir esse filme!

5 - Maldito Futebol Clube
Após ter seu técnico chamado para dirigir a seleção inglesa, o Leeds United convida Brian Clough, técnico que acabara de mandar o Derby County para a primeira divisão, para treinar seu time. Sem seu auxiliar técnico ao lado, Clough tem grande dificuldade em treinar um time tão fiel ao antigo técnico, e que foi criticado fortemente por ele (Clough) em uma entrevista.


Assistam!!!