No próximo domingo veremos a final da Copa do Mundo de futebol feminino, entre o tradicional time dos Estados Unidos e o estreante Japão. O mundial está sendo disputado na Alemanha, país que tem uma história de sucesso com o futebol feminino. Durante toda a competição pudemos ver os estádios lotados, mesmo quando não era a seleção anfitriã que estava em campo.
Infelizmente esse comportamento não se repete na maioria dos países que disputam a competição. Até mesmo no chamado “país do futebol” essa situação acontece. O Brasil nunca ganhou um mundial, mesmo tendo a melhor jogadora do mundo (há 5 anos). As brasileiras andam até chegando nas fases finais, mas acabam caindo frente a seleções mais bem preparadas.
E até aqui estamos falando de seleções. Quando partimos para o nível das equipes e campeonatos nacionais a situação é ainda pior. Os campeonatos femininos são altamente desvalorizados, e os times têm que se sacrificar para sobreviver. Não é raro abrir as páginas de notícia e ler: “Time de futebol feminino faz ensaio para conseguir patrocínio”, pois é essa a solução encontrada por essas mulheres.
Os ensaios sensuais são uma forma de arte como qualquer outra. A nudez e a sensualidade são coisas naturais e belas nos seres humanos. A seleção alemã, vitoriosa, com jogadoras de sucesso, apoio, patrocínio e tudo mais, posou para a Playboy Alemã pouco antes do mundial. O objetivo, segundo elas, era mostrar a feminilidade das jogadoras de futebol, que são muitas vezes discriminadas, e masculinizadas pelos machistas de plantão.
Elas posaram porque quiseram, e por um motivo totalmente plausível. Mas a maioria dos times que fazem esse tipo de trabalho, o fazem para conseguir patrocínio e atenção. E isso não é justo. Não é justo que as mulheres tenham que permitir ainda a exploração de seus corpos, porque as federações e clubes comandados por “homens” são incapazes de perceber o valor do futebol feminino.
O esporte ainda está crescendo. Ainda vemos muito despreparo de algumas equipes. Ainda vemos certo amadorismo nas competições. Mas as mulheres praticam o futebol há tanto tempo quanto os homens. Só a FIFA e suas federações filiadas não percebem o potencial financeiro e social desse esporte.
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