domingo, 4 de dezembro de 2011

Adeus Doutor!


Alguns (poucos) jogadores de futebol são capazes de transcender rivalidades, seja pelo tamanho talento ou pela tamanha simpatia. Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira foi uma dessas poucas exceções, por seu tamanho talento, por sua tamanha simpatia, e por sua tamanha inteligência. Sócrates não foi apenas exceção por ultrapassar as rivalidades e ser querido pelos fãs de futebol de todos os times, mas foi uma exceção também por ter se preocupado em estudar, por ter se tornado médico, e por ter criado junto a outras exceções do futebol um dos movimentos político-esportivos mais bonitos, a Democracia Corintiana.

Iniciada na década de 80, quando o Brasil ainda vivia a Ditadura Militar, a Democracia Corintiana consistia num sistema onde jogadores, comissão técnica e diretoria tomavam as decisões através de votos. Nessa época o Corinthians conseguiu quitar todas as suas dívidas, e chegou a semi-final do Campeonato Brasileiro. Com o lema “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia” o Corinthians foi um dos grandes responsáveis pela divulgação da campanha “Diretas Já!”, pois estampou nos uniformes frases e propagandas com esse propósito.

Ao lado de Sócrates estiveram no movimento outros grandes ídolos corintianos, como Casagrande, Zenon e Wladimir. No entanto, Sócrates foi quem continuou a ser o mais politizado, deixando sempre expostas suas opiniões sobre os problemas políticos e sociais do país e do futebol, mesmo quando era necessário criticar seu próprio Corinthians. Hoje, o Corinthians honra o nome do Sócrates sendo pentacampeão, mas infelizmente não honra a história que o Doutor e seus companheiros construíram, de um clube correto e democrático.

Por sorte, a grandeza de Sócrates e da Democracia Corintiana é tão grande que nem o Sr. Andrés Sanchez, que praticamente ignorou a morte de um ídolo que ele jamais será, é capaz de diminuir a tristeza pela morte do Doutor, e a alegria daqueles que tiveram o prazer de vê-lo jogar, ou simplesmente falar...

Adeus Doutor!
Esteja certo de que muitos ainda lutam para que a sua luta pelo futebol não tenha sido em vão.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Organizações Não-FIFA - Parte I

A FIFA foi criada em 1904 com o objetivo de organizar o futebol mundial numa só instituição capaz de promover competições internacionais, a unificação das regras, e o controle de campeonatos, transações entre equipes e afins. A organização sempre prezou por uma posição “diplomática” para diversas questões internacionais, para ter o maior número de membros possível. Hoje são 208 membros, número maior que o de membros da Organização das Nações Unidas (que são 193). Mesmo assim, muitos países, povos e/ou territórios se sentem excluídos pela FIFA, e algumas organizações não-FIFA vêm sendo criadas para suprir as necessidades dos “excluídos”.

Esses “excluídos” são normalmente territórios e povos não reconhecidos como nação pelo resto do mundo, e costumam ser parte territorial de outros países. O Estatuto da FIFA prevê que seus membros associados sejam parte de uma organização regional reconhecida pela FIFA, assim, por exemplo, se a Ilha de Páscoa não é reconhecida pela Conmebol, a FIFA não a reconhecerá como um membro também. No entanto, há abertura no estatuto para que um país possa se associar a uma organização regional de outra localidade geográfica em casos especiais, como o de Israel que hoje é associado à UEFA.

Mesmo que a FIFA fosse um organismo sério que preza pelo futebol, e que o utiliza como um instrumento de união e tolerância seria um tanto difícil abranger todos esses territórios, por mais que muitos queiram apenas uma forma de manter viva sua cultura. Muitos dos organismos não-FIFA criados se focam apenas em organizar campeonatos para os “não-FIFA” sem vinculações políticas, mas claro, existem também os organismos que têm uma ideologia anti-FIFA, com objetivos que extrapolam a simples organização de campeonatos.

Aqui vou mostrar, aos poucos, alguns dos organismos não-FIFA mais conhecidos, para que vocês possam conhecer um pouco mais e a partir daí tirar suas próprias conclusões sobre a necessidade, a validade, e as intenções desses organismos. É um pouco difícil encontrar informações sobre esses organismos, mas tentar não dói não é mesmo?


Parte I: NF-Board - Nouvelle Fédération-Board (numa tradução livre “Diretoria das Novas Federações”)

Criada em 2003, com sede em Liège na Bélgica, a NF-Board realiza competições nos moldes da Copa do Mundo FIFA para seus membros desde 2006. Com o nome de VIVA World Cup, a primeira edição foi realizada na Occitânia (que compreende territórios de França, Itália e Espanha), com a seleção da Lapônia se sagrando campeã. Ainda foram realizadas outras três edições da VIVA World Cup, em 2008 na Lapônia, em 2009 na Padânia e em 2010 na Ilha de Gozo, nas três ocasiões a seleção da Padânia saiu vencedora. Uma nova edição da competição será realizada em 2012 no Curdistão.

Seleção da Padânia, tri-campeã da VIVA World Cup
A NF-Board possui 35 membros atualmente: (segundo as informações encontradas, porém esse número pode ser diferente, já que alguns países costumam desistir da associação a essas organizações por motivos políticos - caso de Mônaco ainda em 2006-, e a divulgação dessas informações é um tanto quanto defasada).


MEMBROS DA NF-BOARD
Sahara Ocidental, Sami, Chipre do Norte, Tibet, Zanzibar, Somalândia, Chechênia, Baixa Saxônia do Sul, Sougeais, Occitânia, Romênia, Principado de Sealand, Papua Ocidental, Molucas do Sul, Camarões Meridional, Groelânia, Kiribati, Estado Livre de Fiume (Rijeka), Masai, Ilha de Páscoa, Ilha de Yap, Valônia, Casamança, Ilha de Gozo, Padânia, Arameus, Curdistão, Ilhas Chagos, Rom, Sardenha, Duas Sicílias, Cilento e Escânia.


É sem dúvidas uma das mais organizadas instituições não-FIFA, tendo uma filial estabelecida na América do Sul desde 2007, em Buenos Aires, Argentina. O Conselho Sul-Americano de Novas Federações (CSANF) possui nove membros até o momento: Aimarás, Comunidade Mbya Guarani, Juan Fernandéz, Lican Antai, Mapuches, Quínchuas, Fernando de Noronha, Ilha de Páscoa (Rapa Nui), e Comunidade Armênia na Argentina...


E sete delegados que representam a organização em alguns países da América do Sul (Argentina, Brasil, Uruguai, Chile e Venezuela). O CSANF já realizou alguns jogos amistosos entre seus membros, com a intenção de apoiar as minorias da região. E há uma discussão dentro da NF-Board para que um organismo nos mesmos moldes do CSANF seja criado na Europa.





QUER SABER MAIS?

Site Oficial do NF-Board: http://www.nf-board.com/en1.htm

Site Oficial do CSANF: http://www.csanf.org/

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quem é o novo ministro dos esportes?

Finalmente o Ministério dos Esportes está livre de Orlando Silva, que pediu demissão ontem em encontro com a presidente Dilma Rousseff. Orlando Silva estava desde 2006 no cargo de ministro e nesses quatro anos apenas abaixou a cabeça e aceitou tudo o que vinha do COB, da CBF/FIFA e do presidente Lula. Em nenhum momento o homem que diz ter orgulho de ter lutado pela democracia e pelos estudantes enquanto presidente da UNE, lutou por fazer uma Olimpíada, uma Copa ou um programa de assistência ao esporte de forma limpa. Orlando Silva ficou marcado como uma pessoa de respostas enroladas, e por se comportar de acordo com o comportamento de quem está acima dele.

Pois bem, uma denúncia surgiu, Orlando saiu, e Aldo Rebelo chegou. Isso é solução? Provavelmente não, há um caminho muito longo a ser percorrido para limpar o Ministério dos Esportes, e tudo que o cerca. Infelizmente, sediaremos os dois maiores eventos esportivos do mundo manchados pela corrupção e falta de preparo, mas isso todos já sabiam que ia acontecer. De qualquer forma, vamos esperar que o novo ministro seja capaz ao menos de se impor perante a FIFA, a CBF e o COB. Aldo tem 55 anos, e já foi ministro das Relações Institucionais do governo Lula.

Assim como Orlando Silva, Aldo é filiado ao PC do B, e é considerado polêmico por algumas propostas como a criação do Dia Nacional do Saci-Pererê, que substituiria o Halloween, no dia 31 de outubro. Também criou um projeto para diminuir a quantidade de palavras estrangeiras utilizadas pelos brasileiros, e mais recentemente foi relator do projeto que altera o Código Florestal. Nessa ocasião Aldo defendeu alguns pontos que beneficiariam os donos de terra, e quem já foi preso por cometer crimes ambientais.

Particularmente não sou a favor da posição de Aldo Rebelo quanto à proteção do meio ambiente, e não o vejo como uma pessoa com relação forte o suficiente com o esporte. Mas não há como prever o comportamento do novo ministro daqui pra frente, espero apenas que ele entenda o momento pelo qual estamos passando. O mundo já sabe quem é Ricardo Teixeira, a FIFA já sabe que a presidente Dilma não cederá tão fácil quanto o ex-presidente, mais um esquema de corrupção foi descoberto e está sendo investigado, mais um ministro corrupto caiu...

É um momento único para mudar a forma desrespeitosa com a qual o esporte é tratado no Brasil. Chamem-me de idiota por ser otimista, mas vou acreditar nessa “revolução no esporte” pela qual passa no nosso país, e espero que nosso novo ministro também acredite!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Breno é apenas mais um garoto a acreditar que apenas o futebol bastará...

Acho que todos tomaram um susto ao ver que o zagueiro Breno do Bayern de Munique havia sido preso, suspeito de ter colocado fogo na própria casa. Afinal com Breno sem espaço no futebol alemão, a última imagem que temos, é do garoto que com 17 anos foi considerado o melhor zagueiro do campeonato brasileiro (Brasileirão de 2007), aquele garoto tímido, tranqüilo, humilde e que sempre estampava um sorriso aberto no rosto.

O que teria acontecido então? É verdade que Breno é realmente culpado? Ainda não foi provado, nem dito com todas as letras que foi Breno quem colocou fogo em sua própria casa, o jogador foi detido apenas como suspeito, já que a lei alemã prevê que seja feita prisão preventiva quando há risco de que a investigação seja prejudicada (por alteração de provas, por fuga de suspeito, etc.).

No entanto, a prisão preventiva de Breno trouxe a tona aspectos da vida do jogador que passavam despercebidos aqui no Brasil. Desde 2008 no Bayern de Munique, o zagueiro nunca se firmou como titular, e jogou apenas 20 jogos, sendo emprestado para o Nuremberg em 2010. Lá chegou como titular, mas com uma contusão no joelho, Breno foi devolvido ao Bayern, e está sem jogar desde então. 

Na Alemanha há uma lei para que o jogador contundido não receba o salário normal, apenas um seguro do clube, situação em que Breno se encontra, e que teria sido um motivador para os problemas emocionais do jogador. O seguro recebido e muito inferior ao salário, o que estaria deixando Breno preocupado e ainda mais pressionado para voltar a jogar.

Além disso, existem rumores de que a esposa de Breno, Renata, o havia deixado, levando os três filhos do casal com ela. Sem perspectivas de voltar aos campos, não podendo arcar com o estilo de vida a que estava habituado, e com problemas familiares, Breno estaria sofrendo de depressão, e isso o teria levado a atear fogo em sua própria casa. Dizem os policiais e bombeiros, que ao chegarem à casa de Breno para controlar o incêndio, viram o jogador sair da casa oferecendo os pulsos para ser algemado.

Tudo isso pode ser apenas suposição, o que é normal numa investigação, os problemas de Breno podem apenas ter coincidido com o acidente. Entretanto, essa situação deve ser analisada, e deve servir com um aviso para clubes e federações, para que cuidem melhor do aspecto social do futebol. Casos de jogadores com depressão e outros problemas emocionais não são raros.

O futebol é um esporte muito competitivo, especialmente nos grandes clubes europeus, e muitos jogadores não têm preparo para lidar com esse tipo de pressão. A maior parte não pensa ser capaz de fazer alguma outra coisa na vida, e acaba depositando todas as esperanças no esporte, e quando ocorre uma situação como a de Breno, fica muito difícil lidar e sair bem dela.

Já passou da hora das federações e dos clubes, especialmente em países como o Brasil (onde a maioria dos meninos que querem jogar futebol é de classe baixa e não têm acesso a uma boa educação), investirem na preparação de profissionais competentes dentro e fora dos campos. Investir na educação e formação cidadã dos jogadores de futebol é investir em bons exemplos para os jovens, e mais que isso, é impedir que mais jovens jogadores, tímidos, tranqüilos, humildes e de sorriso aberto, acabem estampados nas páginas criminais dos jornais.

sábado, 1 de outubro de 2011

Nosso maior símbolo: a Amarelinha

É engraçado como muitos se incomodam com a denominação de “país do futebol” dada ao Brasil, eu mesma me sinto minimizada quando entrevistam um gringo que ao ouvir a palavra Brasil, diz “mulheres, samba e futebol”. Mas assistindo ao Rock in Rio, percebi que depois das habituais bandeiras do Brasil, o segundo símbolo mais utilizado pelos artistas para criar empatia com a platéia, é a camisa da seleção brasileira de futebol.

Flea, baixista do Red Hot Chili Peppers utilizou a amarelinha, assim como Rihana, e até mesmo o vocalista do Maná, Fher Olvera, que não satisfeito em usar a camisa, chutou algumas bolas de futebol para a platéia. Nós sabemos que nosso país é muito mais que futebol, samba e mulheres bonitas. Nós somos, ou ao menos podemos ser, bons em outros esportes, outros estilos de música e em outras características.


No entanto, não há como negar a importância do nosso futebol como um dos nossos maiores símbolos, ao contrário, devemos ter orgulho de nossos jogadores e times que conquistaram essa importância mundial. E mais que isso, que a enorme simbologia que o futebol tem no país seja utilizada para nos ensinar que esse esporte deve ser cuidado e preservado, para que não seja apenas símbolo da habilidade do brasileiro, mas também da dedicação de um povo para preservar parte de sua identidade.

E essa preservação se dará a partir do momento em que deixarmos um pouco de lado nossa paixão “clubística” ou a paixão de alguns pela seleção, para atentar mais às questões políticas e institucionais que cercam esse esporte. Pois essas questões, se mal tratadas, maltratarão o futebol em si, prejudicando inclusive a imagem do Brasil como um todo. Pode não ser o julgamento mais correto, e na minha opinião não é, mas não nos custa nada preservar o nosso símbolo e a nossa paixão da agressão daqueles que só querem tirar proveito da importância do futebol nesse país.

E quem sabe assim, esse comportamento, esse desejo por fazer as coisas certas, esse esforço para proteger o futebol, enquanto esporte, enquanto entretenimento, enquanto símbolo, possa se refletir nas diversas esferas carentes de preocupação e de cuidado civil que esse país possui. Façamos da amarelinha não nosso maior, mas nosso melhor símbolo, e mais que isso façamos dela nosso maior exemplo de como esse país deve ser. Basta você querer, amigo torcedor, e aí nós chegaremos lá...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nova punição para a violência nos estádios turcos, é boa decisão para o futebol e para a política


Após episódios de violência nos estádios turcos, a Federação Turca de Futebol estava prestes a tomar aquela velha decisão: tal time jogará tantos jogos com portões fechados, ou seja, sem torcida. Mas, felizmente, uma ideia muito melhor veio, e ao invés do estádio vazio, pudemos ver um estádio lotado por mulheres e crianças. Foi no jogo do Fenerbahçe contra o Manisapor pelo campeonato turco, que essa nova “punição” foi colocada em prática pela primeira vez. O jogo ocorreu ontem, com um empate, e cerca de 41 mil mulheres e crianças que tomaram os lugares dos habituais torcedores.

A decisão dos dirigentes turcos não poderia ser mais feliz, por vários motivos. Primeiro, é uma oportunidade incrível para o público que costuma ter medo de freqüentar os estádios. Claro, medidas devem ser tomadas para que todos possam ir aos jogos em segurança e paz, mas enquanto isso não é alcançado, esse tipo de punição é interessante para que o espetáculo do futebol não seja prejudicado. Estádio vazio torna sem graça o jogo para os jogadores, para as transmissões na TV, além de prejudicar as finanças de times e federações.


Outro aspecto importante, a Turquia é um país democrático e aberto politicamente, mas de maioria mulçumana, o que gera uma série de desconfianças quanto a seu povo. Esse aspecto, inclusive tem prejudicado as negociações para que os turcos façam parte da União Européia. E essa medida, que seria absurda em outros países da mesma religião, mostra para a Europa e para o mundo que a Turquia é um país livre, e que prega a igualdade. E mais que isso, a Turquia dá o exemplo para que outros países mulçumanos permitam a entrada das mulheres nos estádios, assim como uma maior abertura política e cultural.

Assim sendo, parabéns para a Federação Turca pela medida inteligente e bonita!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Neymar é "cai-cai", Rogério Ceni exagerou, e o Brasil é um país livre...

Eu fiquei em dúvida se deveria escrever ou não sobre isso. Penso que muita gente vai desconsiderar minha opinião, por achar que estou sendo parcial, mas esse não é o caso. Eu torço pelo São Paulo Futebol Clube, e admiro, até com certa obrigação, nosso goleiro Rogério Ceni. O admiro especialmente pela dedicação que ele tem ao meu time, vou fazer 22 anos de idade, Rogério tem 21 anos de São Paulo, eu cresci com esse time e com esse jogador em particular.

Por vezes discordei de algumas atitudes do Rogério, não é porque ele é um ídolo para mim que vou achar tudo que ele fala bom e correto, e também não é porque muitos não gostam dele, que vou sentir-me culpada por admirá-lo. Muitos ídolos no futebol são adorados apenas por sua torcida, a maior parte deles na verdade, e acredito que isso é normal e faz parte da rivalidade, mas claro, existem exceções, que por simpatia ou por serem bons demais extrapolam esse sentimento, mas esse não é o assunto.

Na segunda-feira, Rogério Ceni participou do programa “Bem Amigos” Da Sportv, eu particularmente não assisti, só vi a repercussão de sua declaração sobre o Neymar nos últimos dois dias da internet. Acredito que Rogério exagerou ao dizer que 50% das faltas sofridas pelo Neymar são cavadas, até porque, ele provavelmente não tem esses dados para fazer tal afirmação. Mas que o Neymar cava falta não é novidade para ninguém, há os que defendem, tudo bem, mas eu particularmente não gosto desse tipo de artimanha.

Mas acima de qualquer coisa, acredito que Rogério Ceni tenha criticado apenas essa característica do Neymar (por sinal, eu criticaria outras), acredito que ele não esteja querendo desmerecer o futebol do Neymar ou algo parecido. Neymar é um grande jogador para o futebol brasileiro, e poderá vir a ser para o futebol mundial, mas até mesmo para chegar no nível de melhor jogador do mundo terá de aprender a parar de cair, ou alguém vê o Messi se jogando por aí?

Rogério não é o primeiro a criticar o Neymar, com certeza não será o último, mas a “polemização” das declarações feitas por Rogério Ceni se dá pelo fato dele ser um jogador de futebol em atividade, e principalmente, por ser de um time rival. Em um esporte tão pobre de gente que tenha opinião, que se interesse pelo esporte como um todo, e não o veja apenas como um meio para o dinheiro e a fama, acredito que Rogério Ceni não deveria ser criticado, mas parabenizado por ter coragem de dar sua opinião, ainda que polêmica.

E que fique claro, não estou dizendo que ele está certo no que disse, apesar de achar o Neymar um exímio “cai-cai”, estou apenas dizendo que Rogério Ceni, como qualquer outro jogador, tem direito de saber pensar e de opinar. Farei a observação óbvia, porque muitos gostam de se fazer desentendidos, desde que as declarações não sejam desrespeitosas, não há porque privar um jogador de ter opinião, simplesmente porque nos acostumamos com os jogadores das respostas ensaiadas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Você sabe cantar o hino da Champions League?


Começa amanhã a nova temporada da Liga dos Campeões da UEFA. A competição entrará na sua 57º edição, e terá a final na Allianz Arena, em Munique. Eu poderia aqui fazer um apanhado das equipes que disputarão o torneio, dizer os principais destaques, os favoritos, etc, mas para isso existem os jornalistas esportivos de verdade. Eu, como mera torcedora, gosto de escrever sobre outros aspectos, e estava me perguntando “Você sabe cantar o hino da Champions League?”.

Todo ano a gente escuta aquela mesma canção, todo ano a gente escuta os narradores falarem “tá aí o belíssimo hino da Champions League”, todo ano a gente espera ansiosamente por aquela música que indica que o jogo tá pra começar. Mas você entende algo do que é dito nesse hino? Não? Eu também não entendia, mas fui atrás de entender.

Esse hino é uma adaptação de outro hino, feito por Georg Friedrich Händel, um grande compositor alemão, que se naturalizou inglês, adotando o nome George Frideric Handel e trabalhou para o Rei George II. Originalmente chamado de “Zadok the Priest”, o hino foi composto para ser tocado nas coroações da monarquia britânica, e assim vem sendo desde a coroação de George II, em 1727.

O compositor britânico Tony Britten foi o responsável por criar a versão da canção de Handel para a Champions League. Britten se uniu a Orquestra Filarmônica Real, para gravar esse que se tornou um símbolo da competição européia. Intitulado apenas de “Champions League”, o hino é cantado nos três idiomas oficiais da UEFA: inglês, alemão e francês.


O que diz o hino? Fácil saber, basta ler a tradução abaixo, e se você quer se aventurar a cantar, a letra está aí também, boa sorte! E uma feliz Champions League para todos!!!

Ce sont les meilleures équipes
Es sind die allerbesten Mannschaften
The main event
Die Meister
Die Besten
Les grandes équipes
The champions!
Une grande réunion
Eine grosse sportliche Veranstaltung
The main event
Ils sont les meilleurs
Sie sind die besten
These are the champions
Die Meister
Die Besten
Les grandes equipes
The champions !
Estas são as melhores equipes
Elas são as melhores equipes de todas
O evento principal
Os mestres
Os melhores
As grandes equipes
Os campeões!
Uma grande reunião
Um grande evento esportivo
O evento principal
Eles são os melhores
Eles são os melhores
Estes são os campeões
Os mestres
Os melhores
As grandes equipes
Os campeões!


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vai começar o segundo turno... E que o #FORARICARDOTEIXEIRA continue!


O primeiro turno acabou! O Corinthians foi o campeão... Flamengo, São Paulo e Vasco ficaram com as demais vagas para Libertadores, e como o Vasco já está classificado, quem fica com a vaga é o Botafogo. Os Atléticos MG e PR, o América MG e o Avaí estão na zona, enquanto o Santos finalmente conseguiu se distanciar dela. Não vai ter mais Copa América, nem Mundial Sub-20, no máximo alguns amistosos da organizada CBF atrapalharão os times nessa reta final do Brasileirão.

Na última rodada tivemos uma incrível manifestação das torcidas organizadas, que finalmente se organizaram para algo produtivo. Nada de combinar briga para depois do jogo, a briga agora é contra o inimigo em comum das torcidas organizadas, dos times, e acima de tudo, do futebol brasileiro, Sr. Ricardo Teixeira. As manifestações foram proibidas em alguns estados, mas elas foram feitas, e nós vimos!



Agora vai começar o segundo turno, e vai ser um excelente segundo turno, com equilíbrio e emoção, e quem sairá campeão? Não sei, mas eu sei que nesse Brasileirão quem vem ganhando com esse comportamento das torcidas organizadas, e da maior parte da imprensa e dos torcedores, é o futebol brasileiro. Finalmente, abriram-se os olhos para a realidade da CBF e de seu dono, e já chega. O futebol é um patrimônio nacional, é para os brasileiros um símbolo do próprio país, e não se pode permitir que qualquer um tome conta dele. Portanto, que a campanha continue... FORA RICARDO TEIXEIRA!

PS. Que outro Ricardo, o Gomes, técnico do Vasco se recupere os mais rápido possível!!!!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Homem Primata, Capitalismo Selvagem, uooó" - A crise do esporte na Espanha e nos EUA


Muitos esportes transcenderam o status de “esporte” para alcançarem o status de negócio, em especial na Europa e nos Estados Unidos. Europeus e estadunidenses são responsáveis por vários dos maiores e mais espetaculares campeonatos esportivos do mundo, e não poderia ser diferente, já que são os maiores detentores do dinheiro necessário para isso. No entanto, com a crise econômica assombrando esses países, e o resto do mundo, os “esportes-negócio” também foram afetados.

Diversas alternativas estão sendo pensadas para controlar os gastos dentro do âmbito esportivo, para evitar o aprofundamento de dívidas já existentes. Mas para isso, é necessário mexer também na conta dos jogadores, que não andam nada satisfeitos com a situação. Lá, ao contrário daqui, existem sindicatos fortes e atuantes nos esportes, que lutam por melhores condições de trabalho, de contrato, de salário, entre diversas outras coisas.

Nos Estados Unidos vimos ocorrer o Lockout na NFL (National Football League), que foi solucionado sem comprometer a temporada 2011/2012. Já na NBA (National Bascketaball League) a situação parece mais séria, e há risco da temporada 2011/2012 não ocorrer. O Lockout consiste no impedimento, por parte dos empregadores, de que os empregados trabalhem. A Liga da NBA tomou a decisão de iniciar o lockout com o vencimento do CBA (Collective Bargaining Agreement), que é o contrato estabelecido entre a Liga, os times e os jogadores.

Com a não renovação do contrato, não há possibilidade para os times fazerem absolutamente nada, e assim não há campeonato. O maior impasse para um novo acordo é a tentativa dos times em diminuir 30% da base salarial dos atletas, já que para eles os maiores responsáveis pelas dívidas dos times são os altos salários pagos. A NBPA (National Basketball Players Association), presidida pelo armador do LA Lakers, Derek Fisher, discorda dessa posição, argumentando que houve compra de franquias em valores recordes no último ano, e que tanto a audiência do campeonato, quando a venda de ingressos aumentaram nas últimas temporadas.


Já na Espanha foi anunciada hoje greve na primeira e na segunda divisão, durante as primeiras duas rodadas do Campeonato Espanhol (La Liga). A AFE (Associação de Futebolístas Espanhóis) tomou essa medida para que seja feito um novo acordo entre a organização do campeonato e os jogadores. A principal exigência é que o fundo de emergência para os jogadores com salários atrasados, especialmente em clubes que estão em crise financeira, seja maior.

A situação se estende desde o ano passado, com salários atrasados e clubes cada vez mais imergidos em dívidas. Temendo uma crise ainda maior no futebol espanhol, Luís Rubiales (presidente da AFE) apoiado por mais de uma centena de jogadores, incluindo as estrelas Iker Casillas, Xabi Alonso e Carles Puyol, anunciou que La Liga só terá início quando as exigências forem cumpridas.

Não ter La Liga e NBA é algo que os fãs e torcedores definitivamente não querem, mas é o momento de entender que essas situações representam um espaço para melhorar campeonatos, esportes, e condições de trabalho para os jogadores. O crescimento apenas financeiro do esporte só é interessante para os investidores que surgem com suas fortunas recheadas de problemas judiciais. E são esses mesmos investidores que contribuem para essa situação, ao passo que aumentaram consideravelmente o “preço” e os salários dos atletas, sem considerar que nem todos os clubes podem acompanhar essas mudanças.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Igualdade, Fraternidade e Rock n' Roll - Conheça o time mais legal do mundo



Há tempos estou para escrever sobre o que considero ser o time mais legal do mundo. Conheci o St. Pauli tem pouco tempo, assim que eles subiram para a primeira divisão da Bundesliga na temporada 2009/2010. Mas a admiração pelo clube foi instantânea, e a alegria em encontrar uma instituição dentro do futebol com esses princípios foi enorme. Sempre acreditei, e defendi, que o futebol é mais que um esporte e que através dele é possível expor diversas questões que podem fazer do futebol, e do mundo, algo melhor.

O St. Pauli foi oficialmente criado em 1910 em Hamburgo na Alemanha. Não é dos times mais bem sucedidos futebolisticamente, mas possui peculiaridades que o tornam um dos times mais famosos da Europa. O time teve idas e vindas entre as divisões do futebol alemão. Após estar novamente na primeira divisão na temporada que passou, o St. Pauli voltará para a segunda divisão da Bundesliga. Mas o futebol acaba sendo um capítulo a parte nesse clube.

"The Pirates of the League", ou "Os Piratas da Liga", são famosos por terem uma relação com pensamentos de esquerda, e sua torcida se orgulha por formar um grande grupo anti-racista, anti-fascista, anti-sexista e anti-homofobia. Segundo uma pesquisa realizada na Alemanha, é o clube com maior número de torcedoras (sim, do sexo feminino) do país. A direção do clube chegou inclusive a retirar um anúncio da revista Maxim, após protesto de suas torcedoras por se tratar de uma anúncio ofensivo para as mulheres.

A posição política do St. Pauli contribui para que diversos artistas se unam às causas do clube, em especial bandas de rock, como o Tubonegro, banda norueguesa que fez uma versão de uma de suas músicas para o clube. Até mesmo o Bad Relligion, banda estadunidense, está ao lado do St. Pauli, e já participou de um concerto beneficente organizado pelo clube. As relações com o Rock n’ Roll não param por aí. O time sempre entra em campo ao som de Hells Bells do AC/DC...



E quando é gol do St. Pauli o sistema de som do estádio toca Song 2, do Blur...


Outra relação do clube é com o Celtic FC, clube escocês que é contra a cora britânica e tem sua história marcada pela luta pela liberdade religiosa na Grã-Bretanha durante a Reforma Protestante (um bom assunto para um próximo post). Além do Celtic, o St. Pauli tem ligação com países que formam a FIFI (Federação Internacional de Futebol Independente), que reúne países não reconhecidos pela FIFA. O primeiro mundial da FIFI (que também será assunto de um próximo post) foi organizado em 2006 com ajuda da diretoria do St. Pauli, que chegou a participar do torneio com o nome de República de St. Pauli.

Mas não só de futebol vivem os Piratas! O clube conta com instalações para a prática de diversos esportes, como futebol americano, baseball, boliche, boxe, xadrez, ciclismo, handaball, e tênis de mesa, além do rugby. O St. Pauli possui times femininos e masculinos de rugby, sendo o feminino mais bem sucedido, por ter ganhado por 8 vezes o Germany Rugby Union Championchip, e por 3 vezes o Sevens Championchip.

Muito mais pode ser dito sobre o St. Pauli, o clube tem muita história (e que bela história) para contar, mas acho que já deu para entender porque o meu título de time mais legal do mundo vai para ele não é mesmo?! Se ainda não se convenceu, ou quer apenas conhecer mais, aguarde o filme que será lançado (espero eu que aqui no Brasil também) sobre um grupo de torcedores do St. Pauli. Essa informação foi retirada de um blog de torcedores brasileiros dos Piratas (http://fcstpaulibrasil.blogspot.com/), excelente para quem quer acompanhar o time.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Colhemos aquilo que plantamos...


O episódio ocorrido ontem na Taça BH de Juniores vem para ilustrar uma realidade do futebol de base mundial. É exceção o clube que dispõe de acompanhamento social e educacional para seus jovens jogadores. Como já até comentei em um post anterior, no Uruguai, Oscar Tabárez vem tornando realidade a junção entre desenvolvimento social e futebol. Não sabendo se todos os jogadores da base chegarão ao profissional, os uruguaios tornaram obrigatório o estudo nas divisões de base do país, e muitos jogadores estão até entrando para o ensino superior por lá.

No discurso, os cartolas brasileiros dizem possuir boas estruturas e acompanhamento psicológico, social e educacional para os meninos. Mas qualquer um sabe que a realidade não é bem assim. Muitos clubes possuem sim uma boa estrutura física, e profissional, para criar bons jogadores. Mas não para criar bons cidadãos. E aqueles que não tiverem a capacidade de se tornar bons jogadores? Bom, isso é problema deles...

Os próprios jogadores profissionais, com exceção de alguns poucos, não têm nenhuma ambição de estudar, ou mesmo de ter um comportamento que inspire positivamente os jovens jogadores. Muitos saem por aí dando voadoras, ponta-pé, socos, dirigindo alcoolizados, matando ex-namorada, mas esses não são mandados embora, ou sequer punidos. Alguém se lembra de ter visto Luís Fabiano ser punido após esse jogo?


Pois é, agora há um clamor pela expulsão e prisão do goleiro do Sport Sub-20 Gustavo, que deu uma voadora no jogador do Vasco, Elivélton. O presidente do Sport, atendendo ao clamor, expulsou o garoto do time, e agora diz que dará assistência psicológica a ele. Que ao menos a assistência seja dada então, já que estão tirando da vida desse menino um instrumento que deveria funcionar como “socializador”, educador, e pacificador. Mas se os cartolas os criam como bichos, devemos esperar que se comportem como o que?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Nada de meia-entrada em 2014!!!


Politicagem para escolher as sedes da Copa de 2014? Já sabíamos que ia ter. Atraso nas obras, para que as “licitações especiais” resolvessem o problema? Já era de se imaginar. Obras superfaturadas? Já tínhamos certeza. E como se não bastassem todas as facilidades oferecidas pelo governo brasileiro à gloriosa FIFA, agora a isenta entidade poderá até impedir que haja a meia-entrada para estudantes durante a Copa de 2014.

O Ministério dos Esportes (comandado por um ex-presidente da UNE, diga-se de passagem), em conjunto com a FIFA, lançou um Conjunto de Regras para a Copa de 2014. Lá está explícito que a FIFA que determinará os preços dos ingressos para a Copa, não tendo nenhuma obrigação de cumprir a lei da meia-entrada.

Os ingressos para as partidas variam muito de preço, pois dependem da fase da competição, dos confrontos, e do lugar a ser ocupado no estádio. Uma estimativa, que leva em consideração os preços cobrados na África do Sul, chega ao valor de até R$1.500,00 no ingresso mais caro, com o mais barato custando R$150,00.

E enquanto isso para Sepp Blatter, Tricky Ricky, Jérome Walcke e demais comparsas continua sendo tudo “freeeeeee”.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Feliz Dia do Futebol!



Hoje é o dia nacional do futebol! Não sabia? Pois é, poucos sabem. A data é comemorada no dia 19 de Julho em homenagem ao dia de fundação do que é considerado o primeiro time de futebol do Brasil, o Sport Clube Rio Grande, fundado em 1900. Desde 1975, a CBF (por incrível que pareça!) estabeleceu o dia 19 de Julho como o Dia Nacional do Futebol no Brasil.

Aqui presto uma pequena homenagem a esse dia, através de um poeminha, daqueles que as crianças escrevem na 4ª série. E faço isso pois é quando somos crianças que aprendemos a amar, de forma pura e sincera, o futebol. Aos times não citados, peço perdão, são muitos os grandes clubes do Brasil, mas escolhi apenas alguns da primeira divisão. Ainda assim, fica minha homenagem a todos os jogadores, torcedores, times, e até a alguns poucos dirigentes, que “abrasileiraram” esse esporte bretão.

O futebol é Atlético (MG e PR), na Bahia e em Coritiba
E em um Cruzeiro de emoções, ele Botafogo em nossos corações.
“Ceará” um Timão aquele que coloca a taça na mão...
O futebol é Fla-Flu,  e é Gre-Nal
Entre as Palmeiras, e em Santos
Ele é nossa paixão nacional
Nem santo São Paulo resistiu, tão pouco resistiu Vasco da Gama
A esse, que é mais que um esporte, para aquele que o ama!

Feliz Dia do Futebol!

domingo, 17 de julho de 2011

Sobre a Venezuela...



O futebol não é nem de longe o esporte mais popular na Venezuela. Boxe, Basquete e Beisebol sempre foram mais apreciados pelos venezuelanos, influenciados pela sua proximidade com o Caribe, que por sua vez é influenciado pelos EUA. Mas a vizinhança sul-americana parece estar influenciando também, e influenciando no crescimento do futebol. A seleção que nunca venceu um campeonato, e que nunca participou de uma Copa do Mundo, hoje eliminou a tradicional seleção do Chile, fazendo sua melhor campanha em Copas América.

E isso não é algo tão surpreendente quanto acham alguns. O futebol venezuelano vem crescendo já há alguns anos, e com a Copa América de 2007, realizada lá, houve um grande empenho político para que isso pudesse acontecer. Eventos esportivos são usados politicamente em qualquer lugar do mundo, e isso é desde sempre. E na Venezuela, onde tudo vira instrumento político do governo, não poderia ser diferente.

Durante a Copa América de 2007 foi possível ver claramente que o evento tinha intenção de fazer boa publicidade para o governo de Chávez. Para tal fim, as cidades-sede escolhidas eram todas governadas por aliados políticos do presidente venezuelano. E vários cartazes, à lá Copa de 70 no Brasil, foram espalhados pelo país. Além disso, houve um grande esforço para mostrar a Venezuela como um país receptivo, que pode atrair turismo e investimentos.

Vou deixar de lado essas questões políticas, que dão assunto para vários e vários posts. Mas é importante que se tenha a dimensão do que o futebol se tornou na Venezuela nesse período, que foi marcado também pelo investimento do governo no próprio esporte, afim de, montar um time que pudesse fazer uma boa campanha diante de sua torcida. Assim o futebol venezuelano veio crescendo e se aprimorando, e cientes de suas limitações, os venezuelanos conseguiram hoje dar um passo a mais em sua história com o futebol. Vamos ver até onde a Venezuela de Cichero pode chegar...

sábado, 16 de julho de 2011

A Redenção da Celeste


Estava aguardando um momento ideal para esse post. Não é esse o meu momento ideal, porque eu torci pra Argentina vencer hoje, simplesmente porque o Messi merece. Mas venceu o Uruguai, que é um grande consolo para a eliminação da dona da casa. Consolo que só quem realmente gosta de futebol pode entender. Consolo por saber que a Celeste está se reerguendo, ainda que aos poucos.

Além de ter sido disparado o melhor jogo da Copa América, a final antecipada entre Argentina e Uruguai serve para entender alguns aspectos atuais do futebol sul-americano. Os dois países têm história parecida no futebol, ambos são bi-campeões mundiais, ambos são bi-campeões olímpicos, ambos com números invejáveis de títulos das divisões de base. As duas seleções com mais Copas América, os dois países com mais Libertadores.

Mas o Uruguai parece querer dar um passo à frente da rival Argentina e de tantos outros. Os argentinos parecem copiar o modelo brasileiro de conduzir o futebol. O Senhor Julio Grondona é presidente da AFA há 32 anos, e vice-presidente executivo da FIFA desde 1988. Grondona que já declarou gostar de ser chamado de “O Poderoso Chefão” chegou a ser denunciado por Diego Maradona há poucos dias atrás, por estar associado ao ex-presidente do River Plate, José Maria Aguilar. Maradona acusa os dois de serem os responsáveis pela queda do grande River.

(Dirigente, de grande time que caiu, amigo do presidente da federação nacional que é amigo íntimo dos grandes chefões da FIFA... parece familiar isso não?!)

Enquanto isso no pequeno país vizinho após anos de administrações semelhantes, as coisas parecem estar mudando. O atual presidente da federação uruguaia, pelo menos até o presente momento, vem se mostrando uma pessoa capaz e honesta. Sebastián Bauzá assumiu a AUF em 2009, após dois presidentes renunciarem por problemas políticos. Em 2010 Bauzá foi re-eleito por unanimidade do conselho da AUF.

Sua primeira decisão foi renovar com Oscar Tabárez, que foi quem reformulou a forma como era levado o futebol dentro das seleções uruguaias. O primeiro passo de Tabárez foi organizar uma peneira em todo o país (que tem apenas 3 milhões de habitantes). Em seguida foram feitas melhorias estruturais nas divisões de base. E o mais importante, Tabárez tornou obrigatório que todos os jogadores tenham boas notas na escola e terminem seus estudos.

Afinal, muito dos meninos que passam pelas peneiras não se tornarão jogadores, a maioria não se tornará. E aqueles que alcançarem esse objetivo serão capazes de cuidar do futebol, e de suas próprias carreiras, impedindo assim que os gloriosos empresários e fundos de investimento o façam. Outro aspecto importante é a criação de exemplos de atletas bem formados e informados, que vão influenciar positivamente as novas gerações.

O Uruguai não ganhou a Copa do Mundo de 2010, apesar da campanha espetacular. Não ganhou o Mundial Sub-20 de 2011, apesar de ter um time altamente promissor. Ganhou da Argentina hoje, se ganhará a Copa América é impossível dizer. Mas o Uruguai vem ganhando uma coisa que o futebol argentino, brasileiro, italiano (entre outros) não tem já há muito tempo... Dignidade.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

O futebol feminino sobrevive literalmente de calcinha e sutiã!



No próximo domingo veremos a final da Copa do Mundo de futebol feminino, entre o tradicional time dos Estados Unidos e o estreante Japão. O mundial está sendo disputado na Alemanha, país que tem uma história de sucesso com o futebol feminino. Durante toda a competição pudemos ver os estádios lotados, mesmo quando não era a seleção anfitriã que estava em campo.

Infelizmente esse comportamento não se repete na maioria dos países que disputam a competição. Até mesmo no chamado “país do futebol” essa situação acontece. O Brasil nunca ganhou um mundial, mesmo tendo a melhor jogadora do mundo (há 5 anos). As brasileiras andam até chegando nas fases finais, mas acabam caindo frente a seleções mais bem preparadas.

E até aqui estamos falando de seleções. Quando partimos para o nível das equipes e campeonatos nacionais a situação é ainda pior. Os campeonatos femininos são altamente desvalorizados, e os times têm que se sacrificar para sobreviver. Não é raro abrir as páginas de notícia e ler: “Time de futebol feminino faz ensaio para conseguir patrocínio”, pois é essa a solução encontrada por essas mulheres.

Os ensaios sensuais são uma forma de arte como qualquer outra. A nudez e a sensualidade são coisas naturais e belas nos seres humanos. A seleção alemã, vitoriosa, com jogadoras de sucesso, apoio, patrocínio e tudo mais, posou para a Playboy Alemã pouco antes do mundial. O objetivo, segundo elas, era mostrar a feminilidade das jogadoras de futebol, que são muitas vezes discriminadas, e masculinizadas pelos machistas de plantão.

Elas posaram porque quiseram, e por um motivo totalmente plausível. Mas a maioria dos times que fazem esse tipo de trabalho, o fazem para conseguir patrocínio e atenção. E isso não é justo. Não é justo que as mulheres tenham que permitir ainda a exploração de seus corpos, porque as federações e clubes comandados por “homens” são incapazes de perceber o valor do futebol feminino.

O esporte ainda está crescendo. Ainda vemos muito despreparo de algumas equipes. Ainda vemos certo amadorismo nas competições. Mas as mulheres praticam o futebol há tanto tempo quanto os homens. Só a FIFA e suas federações filiadas não percebem o potencial financeiro e social desse esporte.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os craques do Rock n’ Roll

No dia mundial do rock (que foi ontem, pois escrevo esse post na madrugada) vamos lembrar/conhecer os roqueiros que são também torcedores. Nada dessa história de futebol ter como trilha sonora pagode ou samba. O futebol nasceu na Inglaterra e as melhores bandas de rock de todos os tempos também, logo a verdadeira música do futebol é o Rock n’ Roll!
A seguir alguns astros do rock e seus respectivos times. (Essa lista foi feita de cabeça, então não é coincidência ter tanto torcedor do São Paulo e do Arsenal).

1. Roger Waters - Baixista e vocalista do Pink Floyd, fanático torcedor do Arsenal, quase fez as gravações de The Dark Side of the Moon pararem porque não perdia um jogo dos Gunners em Londres.

2. Jimi Page - Guitarrista do Led Zeppelin, torce para o Chelsea.

3. Steve Harris - Um dos roqueiros que mais gostam de futebol. Harris é louco pelo West Ham, e realiza constantemente partidas amistosas entre os amigos.

4. Noel Gallagher - Noel, guitarrista e vocalista do Oasis, é mais que um torcedor, é dirigente do Manchester City, time de coração dele e de seu irmão Liam (talvez a única coisa em comum entre os dois).

5. Andreas Kisser - Está sempre tocando mundo a fora com a camisa de seu amado São Paulo Futebol Clube!


6. Roger - O vocalista do Ultraje a Rigor é outro torcedor do São Paulo FC, e já gravou até uma versão rock n’ roll para o hino do tricolor.

7. Igor Cavaleira - Torce para o Palmeiras, e faz outros torcerem, como o atual vocalista do Sepultura, Derick que foi influenciado pelo amigo Igor a torcer pelo alvi-verde.

8. Roger Daltrey - Mais um torcedor do Arsenal. Daltrey esteve presente na festa de despedida do antigo estádio Highbury, momento histórico e emocionante para o Arsenal.


9. Roger Glover - O baixista do Deep Purple é outro que torce pelo Arsenal!

10. Nasi - O ex-vocalista do Ira! é fanático torcedor do São Paulo FC, e hoje em dia comanda um programa sobre futebol na rádio exclusiva do Rock, Kiss Fm. Tem a companhia do maior craque do tema desse post...

11. Ronaldo - Ex- goleiro, e torcedor, do Corinthians, Ronaldo se aventurou também fora das quatro linhas ao montar sua banda de rock.



Feliz Dia do Rock aos roqueiros que são também torcedores!
Vida longa ao futebol e ao Rock n' Roll!!!!!
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terça-feira, 12 de julho de 2011

Messi não cantou o hino. E daí?!


Finalmente a Argentina conseguiu sua primeira vitória na Copa América 2011. Uma boa vitória, com futebol bem jogado, e com direito a noite mais que inspirada de Messi. A vítima foi a fraca seleção sub-23 da Costa Rica, mas o importante para os argentinos era ganhar confiança, e montar um time onde Messi conseguisse jogar o que sabe. Com Agüero, Gago, Di Maria, e até mesmo com Higuaín perdendo gols feitos, a Argentina era outra.

Messi teve companheiros capazes de dar continuidade às jogadas criadas por ele, e também de criar suas próprias jogadas. Por que Agüero e Di Maria são reservas? Acho que hoje até Baptista está se perguntando isso. Não é a melhor seleção da Argentina, não é uma seleção com garantia de sucesso na próxima fase. Mas é uma seleção que nessa Copa América jogou o melhor futebol até agora.

Sim, a Costa Rica é um time fraco, já sei! Mas a Bolívia também é, e a Argentina foi incapaz de vencê-la. Então méritos para Messi, Agüero, Gago, Di Maria, Romero, e até mesmo Higuaín. E méritos para as modificações de Baptista! Méritos de Baptista por perceber, enfim, que ele mesmo criou esse time anos antes, e que ele mesmo já fez esse time ser campeão.

Digo isso porque Baptista treinava a seleção sub-20 da Argentina que foi campeã em 2005. Lá estavam Messi, Gago, Agüero, Zabaleta e Biglia. A seleção sub-20 campeã em 2007 tinha Romero, Banega, Agüero e Di Maria. Sérgio Baptista não era técnico em 2007. Mas foi em 2008, quando a Argentina foi campeã olímpica em Pequim. E lá estavam Romero, Zabaleta, Mascherano, Di Maria, Messi, Agüero e Lavezzi.

A Argentina tem uma belíssima história com suas seleções de base. E finalmente Sérgio Baptista entendeu que a culpa não era do Messi não cantar o hino, mas era dele (Bapstista), por não se aproveitar de um time que vem se formando desde 2005. Messi não cantou o hino novamente, mas duvido que alguém esteja lembrando-se disso agora!

sábado, 9 de julho de 2011

5º técnico em 2 anos e meio, e 1 presidente em 9 anos...




Ontem foi anunciada a demissão de Paulo César Carpegiani do cargo de técnico do São Paulo Futebol Clube. Desde que Muricy Ramalho deixou o clube, quatro treinadores passaram por lá, e o número 5 está para chegar. Quem será? Cuca, Autuori, Bianchi? O tricolor deu um prazo de quatro rodadas até anunciar seu próximo treinador. Por enquanto, o auxiliar técnico, Milton Cruz, vai ter de segurar a barra mais uma vez.

A demissão de técnicos por uma fase ruim não é novidade no futebol brasileiro. É de se entender que é mais fácil demitir um treinador, do que vários jogadores, ou dirigentes. Mas será que essa é a solução mais correta? No caso de Carpegiani existiram outros fatores, como possíveis problemas com jogadores (incluindo Rivaldo e Rogério Ceni).

Mas existe no SPFC mais um fator, que considero de extrema importância. Entre 2005 e 2008 o tricolor conquistou um número de títulos invejáveis, invejável se tornou também a forma como a política do clube era conduzida. Alternância de poder, contas em dia e aberta para os torcedores, investimentos nas divisões de base e em melhoras do Morumbi... O que está dando errado agora?

A tal estrutura tricolor está funcionando tão mal quanto o time. Sem títulos nos últimos 2 anos, e sem a habitual participação na Libertadores a verba acabou diminuindo. As reformas no Morumbi (iniciadas principalmente para ser sede em 2014) tomaram a maior parte do dinheiro e do tempo do clube. Os garotos da base finalmente começaram a ser usados, mas acabaram desfalcando o time, para servir a "seleção da CBF" (crédito do termo à Mauro Cezar Pereira).


Tudo isso é compreensível. Todo clube terá uma, ou várias vezes, uma fase ruim. Mas considero que a queda do SPFC se inicia no momento em que Juvenal Juvêncio consegue aprovar uma modificação do estatuto, para se perpetuar no poder. Sim, se perpetuar, afinal, ter tido sucesso uma vez o estimulará a fazer outras e outras manobras com o mesmo fim.

JJ é presidente do SPFC desde 2006 (e deverá ser até 2014), lucrou com os investimentos das gestões anteriores, e fez sim um bom trabalho em seus primeiros anos no clube. Mas o desgaste dos jogadores, dos técnicos, dos torcedores parte do desgaste do próprio tricolor com seu presidente. Juvenal não é mais o mesmo, mais fala do que faz, mais reclama do que resolve, e assim o SPFC está se tornando um clube frágil, desorganizado, lento.

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a anulação da reeleição do cartola, a pedido do vereador Aurélio Miguel, que é também conselheiro do clube, e parte da oposição à JJ. Mas, apoiados na lenta justiça brasileira, que deverá demorar cerca de cinco anos para julgar o caso, os comparsas de Juvenal não temem tal decisão. A oposição no tricolor é fraca, e a torcida tem pouca participação nas decisões no clube.

E assim, o tricolor caminha em direção ao continuísmo, que já destruiu tantos outros clubes. E a torcida fica na esperança de que alguém mostre o caminho da redenção. Mas, posso dizer que esse alguém não será Juvenal Juvêncio!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A culpa é do Messi?


Ontem foi o dia de mais uma apresentação deprimente da seleção argentina. Convenhamos, não é o melhor time de todos os tempos, verdade. Os jogadores de defesa são totalmente questionáveis (Gabi e Burdisso? É pedir pra sofrer). Mas com tantos jogadores de qualidade mais a frente, é totalmente possível construir um time razoável, que possa se tornar bom, e até espetacular, se Tevez, Messi, Agüero e Di Maria estiverem inspirados.

Di Maria ontem não jogou. Agüero entrou mais uma vez pra tentar salvar a pátria, e com ele o time até melhorou. Tevez é incontestável! Não brilhou, não fez gol, mas a vontade com que ele joga o blinda de críticas. E o Messi? Teve apenas um momento de Messi, quando deu um belo passe para Lavezzi (Inexplicavelmente ainda no time), que não concluiu com sucesso a jogada. O que acontece com o melhor jogador do mundo em sua seleção?

Devemos ponderar antes que os últimos jogadores eleitos Melhor do Mundo não tiveram o mesmo sucesso de seus clubes em suas seleções. Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Cristiano Ronaldo, nenhum deles teve grande participação nas seleções enquanto Melhores do Mundo. Outra ponderação que se faz é que o Messi não joga sozinho, ele precisa de um time que o apóie, de companheiros que aproveitem os espaços deixados pela marcação que está focada nele, de alguém que saiba aproveitar quando ele tem seu momento de gênio.

Mas como ponderar aquela falta, aos 43 minutos do segundo tempo, na beira da área, que foi desperdiçada por Lionel Messi? Hoje estão dizendo que falta identificação dele com seu país, por ter ido muito novo morar e jogar na Catalunha. Não podemos culpá-lo, o Barcelona se ofereceu para pagar o tratamento que nenhum outro clube argentino quis pagar. Hoje estão dizendo que ele não cantar o hino nacional indica que algum problema ele tem com a seleção.

Não acho que não cantar o hino seja indicativo de alguma coisa. Ele nunca cantou, nem quando era da seleção sub-20. Dizem que ele não tá à vontade jogando por uma seleção que não é do seu país de criação. Mas deve-se lembrar que ele teve a oportunidade de naturalizar-se espanhol, e jogar pela Espanha. Não quis, preferiu jogar pelo país que não lhe deu a oportunidade, mas lhe deu a inspiração para jogar futebol.
Talvez ele esteja sentindo demais a pressão de ter que se mostrar argentino. Afinal, é uma crítica recorrente a ele. O povo argentino é passional, e por isso cobra a passionalidade de seus jogadores. Messi não a tem, e é difícil para ele não a ter. E isso parece estar pesando na cabeça do melhor do mundo. Além das questões táticas criadas por Sérgio Baptista, parece que Messi está se apagando frente à chama que deve existir em qualquer seleção argentina, simplesmente porque lhe falta o sangue quente, a agressividade, e a tal passionalidade argentina.

Mas será que sem sua frieza, calma, timidez, tranqüilidade, Messi seria o que é hoje? Não é demais cobrar que todos os jogadores se comportem de uma mesma forma? Quem pode ter certeza de que Messi não sofre silenciosamente com essa situação? Futebol é dos esportes, o mais injusto, mas é injustiça demais colocar a culpa da má fase da seleção argentina no fato de Messi não cantar o hino!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Os 5 Melhores Filmes "de Futebol"

Inicio esse blog com uma dica cultural. Vamos com calma, porque as questões que extrapolam as quatro linhas podem ser fortes demais, então para não espantar os leitores, uma postagem agradável para começar. Aqui vão 5 dicas de filmes que envolvem o mundo do futebol, e que são muito legais!!!




1 - The Match (A Aposta)
Um filme no estilo comédia romântica, mas num cenário totalmente diferente. Uma aposta feita há 100 anos atrás está prestes a chegar ao fim. Por 99 anos o time do Benny's Bar e do L'Bistro se enfrentam, e por 99 anos o L'Bistro tem vencido. O 100º e último jogo chega, e se o time do Benny's Bar perder, o bar deverá ser cedido ao L'Bistro. Wullie Smith (Max Beesley), que quando menino machucou a perna e parou de jogar futebol, tentará ajudar o Benny's Bar a se reerguer. Enquanto faz o possível para conquistar sua amiga de infância Rosemary Bailey (Laura Fraser).
Destaque para o produtor do filme que aparece de surpresa no final: Pierce Brosman.

2 - Boleiros (aqui vou indicar o 2, mas o 1 é igualmente bom)
Filme nacional de excelente qualidade! De forma descontraída e leve as várias características de vidas criadas dentro do futebol são mostradas. Desde o jornalismo, passando pelos jogadores do passado e os astros do presente, até os empresários.

3 - À procura de Eric
Um carteiro arrependido de ter deixado sua primeira família, e que agora vive com dois enteados do segundo casamento, busca fugir das angústias de sua vida fumando maconha que rouba de seus enteados. Em uma de suas "viagens", o carteiro Eric, encontra Eric Cantona, ex-jogador do seu time do coração, Manchester United. Uma história que emociona e faz rir, ao mesmo tempo que mostra a atualidade do futebol inglês, cercado por dinheiro e interesses financeiros e políticos.

4 - United
Filme belíssimo e muito emocionante. Conta a história do início do Manchester United de Bob Charlton, e como ele e o time se reergueram após o acidente de avião na Iugoslávia, que matou mais da metade dos jogadores. É difícil não querer torcer para o United depois de assistir esse filme!

5 - Maldito Futebol Clube
Após ter seu técnico chamado para dirigir a seleção inglesa, o Leeds United convida Brian Clough, técnico que acabara de mandar o Derby County para a primeira divisão, para treinar seu time. Sem seu auxiliar técnico ao lado, Clough tem grande dificuldade em treinar um time tão fiel ao antigo técnico, e que foi criticado fortemente por ele (Clough) em uma entrevista.


Assistam!!!